Com a minha presença, apoiar a Defesa da Vida

7 de Maio de 2010, 21.30h

UNIÃO DESPORTIVA, CULTURAL E RECREATIVA do Silveiro – Oliveira do Bairro

Prof. Marcos do Vale (ilusionismo e hipnose) 

Grupo de Dança Obsc Dance (R)EvoluÇão (dirigido por Gladys Silva) 

 Dyogo Douro (cantor e compositor)

As receitas das entradas revertem a favor da ADAV (Associação de Defesa e Apoio à Vida)

Organização de ABC, Escola Profissional de Cabeleireiro e Estética, Aveiro

em visita à ADAV

No dia 30 de Março, duas turmas da nossa escola, uma de cabeleireiro e outra de estética, fizeram uma visita às instalações da ADAV (Associação de Defesa e Apoio à Vida).

Não podíamos deixar de dar o nosso testemunho do quanto foi importante para nós conhecer a Associação, as pessoas que nela trabalham fazendo voluntariado, e os seus objectivos.

Não foi uma simples visita. Conhecemos um grupo de voluntárias que ajuda o próximo. E constatámos que ajudam, não pelo facto de ser bonito e ficar bem, mas naquele local havia sentimentos, humanidade, vontade de dar e partilhar. Fazem-no porque acreditam que se todos nós ficarmos de braços cruzados o mundo será mais cruel e desumano.

A nós, formandas, esse dia marcou-nos muito. Há muito que não víamos pessoas com tanta humanidade. Pois é!!! Hoje estão em vias de extinção pessoas com tanta dedicação e humildade. Foi bonito o que foi dito naquela sala.

Todos deviam dar um pouco de si. Quem sabe amanhã seremos nós ou algum familiar a precisar. E aí também gostaríamos de ser ajudados e tratados com o mesmo respeito e dignidade.

Agradecemos em especial à formadora Fátima por nos ter dado a oportunidade de também podermos de alguma maneira ajudar e podermos ser melhores pessoas. Agradecemos também a todas as pessoas que fazem lá voluntariado com tanto amor e dedicação.

Agora temos a certeza de que quando ajudamos os outros a serem felizes contribuímos também para a nossa própria felicidade. Vale sempre a pena ajudar, pois pouca coisa se compara a um humilde sorriso.

Testemunho das formandas: Rosário Rodrigues e Inês Campos, da Escola Profissional de Cabeleireiro e Estética, ABC – Aveiro

Voluntariado, sim obrigado!

Carla Ribeiro

Desde criança que sinto uma enorme vontade de ajudar os outros, ouvir quem precisa, aliviar o sofrimento alheio, e estendo este meu desejo, desde os animais aos seres humanos. Herdei esta característica da minha mãe e tem-me acompanhado ao longo da vida!

De uma forma modesta e pontual, fui exercendo sempre este meu lado altruísta, sem reservas e preconceitos. Mas sentia ainda assim que era muito pouco, a minha sede interior pedia algo mais duradouro e presente, foi quando surgiu a ADAV no meu caminho.

Estou há quase um ano como voluntária nesta Associação, que era para mim totalmente desconhecida, até ingressar nela! Tem sido uma experiência única, feliz e enriquecedora, que me enche a alma!

Tenho aprendido muita coisa, a valorizar mais a minha vida, a cuidar dos meus grandes tesouros (saúde, família e companheiro), a não fazer juízos de valor precipitados sobre os outros e tenho-me inspirado nas verdadeiras histórias de coragem e luta de algumas utentes, para seguir em frente!

Não sou a pessoa indicada para me autoavaliar, mas penso que tenho conseguido criar laços de carinho e confiança com grande parte das utentes, dou-lhes o meu sorriso genuíno, o meu ouvido atento e até algum mimo. Por momentos, tento passar-lhes toda a minha força e optimismo, para que percebam que não estão sós. Mais do que um simples saco de alimentos ou roupa, elas moram dentro de nós!

Ajudar quem precisa,

Dar com o coração,

Amar o próximo,

Viver em harmonia, esta é a minha MISSÃO!

Sejam felizes!

Beijo amigo

                                                                                                               12/ 04/ 2010

Voluntariado na ADAV

A minha experiência como voluntária

Lurdes Correia

Foi há dois anos que resolvi ocupar algum do meu tempo livre, motivado por uma situação de desemprego, no voluntariado da ADAV – Associação de Defesa e Apoio da vida.

Quando para lá fui, foi-me dito que o trabalho a que era chamada a fazer era o atendimento a mulheres grávidas ou com filhos pequenos, carenciadas a quem iríamos ajudar com enxovais para bebés leites e fraldas, roupas e calçado para as outras crianças e alguns alimentos.

Hoje, à distância de dois anos, o meu trabalho dentro da associação é muito mais do que isto.

A minha vivência com muitas das realidades mudou a minha maneira de ver a vida. Envolvi-me com as angústias das mulheres que partilharam comigo as suas vidas, situações dramáticas que me fizeram pensar como é que eu pude algum dia me queixar.

Mulheres jovens que se encontram grávidas, algumas já sozinhas, porque os companheiros partiram mesmo sem terem visto os filhos nascer.

Mulheres que, mesmo lutando contra a vontade dos companheiros, tiveram a coragem de deixar os seus filhos nascerem.

No exemplo destas mulheres interrogo-me: será que eu fui uma mulher de coragem nas coisas que correram menos bem na minha vida?

No acompanhamento que faço a todas estas mulheres, também incluo acompanhá-las a algumas Instituições para tratar dos seus problemas. O atendimento nem sempre é o mais justo, é preciso que se dê voz a quem não a tem.

Ser ouvinte, mais do que falar, às vezes é tão só isto o que precisam.

Gosto de abraçá-las, olhá-las nos olhos, quando partem, e sentir que estão melhor do que quando chegaram.

Sinto que ficam contentes quando as cumprimento, se me cruzo com elas na rua. Sinto-me feliz com este meu trabalho de entrega aos outros, dou muito de mim, mas recebo muito mais.

Abril de 2010