FELIZ DIA DA MÃE!

Quando eu nasci, 
ficou tudo como estava. 
Nem homens cortaram veias, 
nem o Sol escureceu, 
nem houve estrelas a mais… 
Somente, 
esquecida das dores, 
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci, 
não houve nada de novo 
senão eu. 
As nuvens não se espantaram, 
não enlouqueceu ninguém… 
Pra que o dia fosse enorme, 
bastava toda a ternura que olhava 
nos olhos de minha Mãe…

ilustração – Família de Almada Negreiros

Sebastião da Gama 
10 Abril 1924 – 7 Fevereiro 1952

ADAV-Aveiro congratula-se com os 50 anos da Instituição «O Ninho»

A ADAV-Aveiro congratula-se com os 50 anos da instituição «O Ninho», expressando o seu apreço pelo trabalho singular em prol da promoção da dignidade da pessoa humana e no combate contra a prostituição.
A ação desta instituição merece todo o reconhecimento. Esta tem sido uma voz credível no combate contra a prostituição, que tantos pretendem justificar sob a capa de que a sua existência vem de tempos longínquos. Esta tem sido uma instituição marcada pela coragem, insurgindo-se contra as tentativas de legalizar o que atenta contra a dignidade e contra as tentativas de legitimar uma prática que põe em causa os mais elementares direitos da pessoa humana. A sua ação concreta é sinal inequívoco de que não pode legalizar-se um atentado contra a pessoa humana, antes, devem reunir-se esforços para eliminar uma prática que destrói quem nela participa ou é envolvido.

A ADAV-Aveiro associa-se a esta data tão marcante, expressando votos de que muitas vozes se reúnam em torno de tão nobre causa e de tão meritória instituição, próxima de quem está esquecido e abandonado, em particular, mulheres que a indiferença transforma em objetos, atentando contra a dignidade que a todos e cada ser humano é inerente.

À sua presidente, Inês Fontinha, a ADAV-Aveiro deixa uma palavra de reconhecimento pela corajosa ação pública, mesmo quando as correntes adversas são mais duras e difíceis de enfrentar. Que esta data permita reconhecer que o caminho se faz no combate contra o que atenta contra a pessoa humana e nunca na legitimação do que a diminui.

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