O facto de haver uma lei que legaliza determinadas situações não vem resolver as situações de consciência das pessoas. Facilita algumas, mas não resolve o problema. As pessoas contactam-nos a pedir uma ajuda. Por vezes, nem é uma ajuda material, mas de apoio psicológico e médico, depois de uma tentativa de aborto que não resultou.
Quer dizer que continua o aborto clandestino…
Parece que sim. Nós não entramos na vida íntima das pessoas. Só aceitamos aquilo que nos dizem. Ouvimos as pessoas, procuramos ajudá-las no problema concreto, mas não fazemos juízos morais.
in “A liberalização do aborto não acabou com os dramas” – Correio do Vouga – Novembro de 2009