escândalo!

Pode ler-se no Correio da Manhã de 14 de fevereirode 2011:

“Sandra Keizeler, mulher do antigo futebolista do Belenenses Sobrinho, tinha cirurgia marcada para 25 de Janeiro. Foi internada na véspera, fez a preparação para a operação – clister, jejum, soros, análises – e, quando pensava que ia ser operada, ouviu da boca da directora do serviço de Ginecologia/Obstetrícia que não podia ser operada “porque tinha entrado para o Bloco Operatório uma mulher para fazer um aborto”. (…)

Uma doente com lesões pré-cancerosas no colo do útero viu ser adiada duas vezes a intervenção cirúrgica no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, para a remoção do útero, como tratamento para erradicar o vírus do papiloma humano. O adiamento da cirurgia deveu-se à prioridade dada a uma interrupção voluntária da gravidez e, na segunda ocasião, ao fecho do Bloco Operatório às 15h30.”

alguns comentários aqui e no portal de oncologia português.

Mercados de milhões e o nosso mercado

Nunca tanto como agora a palavra “Mercado” se encontra no nosso léxico diário. Mesmo não o utilizando, basta ligar uma televisão ou um rádio à hora de um noticiário. Há mercados virtuais, há mercados em que as trocas comerciais não se fazem entre pessoas físicas, mas sim jurídicas. Hoje, não preciso de conhecer com quem faço a troca. O melhor é até não conhecer, diz-se. Os mercados estão doentes, ouve-se dizer.

Longe destes mercados de milhões estão os mercados de proximidade. E um destes é o Mercado de Santiago, em Aveiro. No Mercado de Santiago não se vendem só frutas e hortaliças, troca-se muito mais: troca-se solidariedade! São várias as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras Associações de cidadãos que aqui prestam o seu serviço, seja a quem dá, seja a quem recebe. A ADASCA – Associação de Dadores de Sangue de Aveiro, a Rouparia Solidária da Paróquia da Glória, a APSIC – Associação de Apoio e Acompanhamento Psicológico à Criança, a Casa de Acolhimento da Paróquia da Glória e a ADAV – Associação de Defesa e Apoio da Vida são, entre outras, algumas das entidades aí sedeadas. Prestam à comunidade um serviço de inestimável valor. São um mercado dentro do Mercado, trocando o apoio aos mais necessitados, de estar ao lado de quem precisa, pelo dever cívico de ajudar, pelo sentido solidário que uma sociedade madura tem de ter.

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registar o seu bebé

Recordo a este propósito o primeiro caso que atendi na ADAV. Tratava-se de uma jovem, 17 anos, grávida de poucas semanas, que para além do receio que tinha de “enfrentar” os pais, estava perdida, pois o pai do seu filho já não era seu namorado e não pretendia assumir a paternidade. Sem emprego, sem a estabilidade de uma relação e convicta de que o aborto não era solução, pediu ajuda. Muitos casos semelhantes entretanto foram surgindo.

Na verdade, todos têm direito a ter uma mãe e um pai, e a conhecer a identificação deste, independentemente de qualquer acto voluntário da sua parte. O registo do nascimento é obrigatório podendo ser efectuado na conservatória do registo civil (até 20 dias após o nascimento) ou na unidade saúde onde o bebé nasça (até à data da alta da parturiente) através do serviço Nascer Cidadão, disponível já em mais de 45 unidades de saúde, espalhadas pelo território continental e pelo arquipélago dos Açores.

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