Boas Festas a todos os sócios e utentes!
Feliz Natal para as famílias e crianças que acompanhamos!
O modelo do pai tradicional, que se demite das tarefas que dizem respeito aos filhos, depositando-as totalmente na mulher, estará a desaparecer. Devagar, porque da teoria à prática a distância ainda é grande. E se 69% dos pais com crianças pequenas dizem preferir casais igualitários para criar os filhos, – há 20 anos essa percentagem era de 42% -, apenas 7% partilham de facto tarefas.
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Mais um tiro contra a família, a natalidade e o futuro do país!
Comunicado
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As recentes alterações às regras e montantes atribuídos em sede de apoios sociais são mais um claríssimo atentado às famílias com filhos.
Lembramos que:
As alterações introduzidas ao nível das prestações sofrem ainda de uma clara má avaliação, pois:
1. Ao alterar na forma a capitação do rendimento, “enriquecendo” de forma artificial as famílias com filhos, tanto mais quanto maior o seu número, vai fazer com que, com o mesmo rendimento, a grande maioria dos agregados subam de escalão, deixando muito deles de receber quaisquer prestações – sendo que a grande maioria destes agregados não são ricos nem têm folgas financeiras;
2. Passam a entrar em linha de conta com uma série de rendimentos presumidos – rendimentos que não existem mas que o Estado define que é como se existissem;
3. Famílias que adoptem comportamentos que deveriam ser de encorajar e proteger são brutalmente penalizadas: exemplo disso são as famílias que, tendo o mesmo rendimento que outras, fizeram uma gestão muito criteriosa dos seus recursos e conseguiram poupar ou aquelas que decidiram acolher em casa os seus avós. Em ambas as situações, para estas famílias as actuais alterações vão representar ou a diminuição ou a perca das prestações.
Sendo Portugal o país no Mundo que está a envelhecer mais rapidamente e constituindo este aspecto um factor de grande redução da sustentabilidade económica e social do país, comprometendo de forma particularmente grave o futuro, mais difícil se torna compreender como não só não se assiste à construção de um plano que permita alterar este estado de coisas como, pelo contrário, as famílias com filhos, em particular as numerosas, aquelas que, contra tudo e contra todos, ainda dão algum sentido à palavra “Futuro”, sejam especialmente sobrecarregadas com o ónus da actual situação.
Assim, tendo em conta que:
exige-se que o Governo explique porque razão são elas as que, de forma desproporcional, mais vão sofrer com todas as alterações que estão a ser introduzidas, comprometendo seriamente o futuro do país.
Lisboa, 1 de Novembro de 2010
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