escândalo!

Pode ler-se no Correio da Manhã de 14 de fevereirode 2011:

“Sandra Keizeler, mulher do antigo futebolista do Belenenses Sobrinho, tinha cirurgia marcada para 25 de Janeiro. Foi internada na véspera, fez a preparação para a operação – clister, jejum, soros, análises – e, quando pensava que ia ser operada, ouviu da boca da directora do serviço de Ginecologia/Obstetrícia que não podia ser operada “porque tinha entrado para o Bloco Operatório uma mulher para fazer um aborto”. (…)

Uma doente com lesões pré-cancerosas no colo do útero viu ser adiada duas vezes a intervenção cirúrgica no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, para a remoção do útero, como tratamento para erradicar o vírus do papiloma humano. O adiamento da cirurgia deveu-se à prioridade dada a uma interrupção voluntária da gravidez e, na segunda ocasião, ao fecho do Bloco Operatório às 15h30.”

alguns comentários aqui e no portal de oncologia português.

defender a vida – porquê?

Esta pergunta parece não fazer sentido mas é perfeitamente actual. Senão vejamos:
– a vida é o que temos de mais precioso, sem ela não existimos, por isso é natural que se defenda a vida. Contudo, são mais os ataques à vida que as tentativas de a defender;
– a facilidade com que nos dias de hoje  se destrói a vida, tantas vezes por razões fúteis, dá a ideia de que ela não tem valor, e que tudo o resto se lhe pode sobrepor. No entanto, quando perdemos um ente querido ou algum amigo, choramos a sua perda, lamentamos que não tenhamos passado mais tempo com ele ou ela, elogiamos as suas qualidades, menorizamos os seus defeitos, ou seja, valorizamos a sua existência, a sua VIDA. Então porquê destruí-la?

Engenheiro Borges (sócio fundador da ADAV AVEIRO), in Diário de Aveiro de 26 de fevereiro de 2011

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